Produção artística


"O Património construído é um exelente "espelho" da geodiversidade local"                    

José  Brilha  


Introdução
                                                            
O Arquipélago da Madeira possui um importante e vasto património artístico em diversas áreas. A pedra e outros materiais de origem vulcanica são sem dúvida, suportes previligiados na produção de obras artísticas e na edificação de estruturas arquitectónicas, que há séculos fazem "decorar" a paisagem do Arquipélago. A dimensão artistica resultante da exploraçao de pedreiras situadas em vários pontos das ilhas contribuem para a geodiversidade.
No que respeita a algumas caracteristicas e variedades, a cantaria "mole" e a cantaria "rija" não permitem polimentos. O entalhe desta rocha também é dficil visto que, possui muitos encraves. As aplicações são também diversificadas, por exemplo, a cantaria "mole" possibilita a construção de fornos, fornalhas, e lareiras e construçao de nichos e a cantaria "rija" converge para a construção de imóveis, para revestimentos do exterior, pavimentos, chafarizes e fontenários, alfaias domésticas, arte religiosa e funerária, ou para outro uso como gamelas ou gamelões.  A pedra "mole" é a mais exposta à erosao e consequentemente possui um maior índice de degradação ao nível da sua exposição. A pedra "rija" é  mais resistente aos efeitos  erosivos e normalmente possui menos desgaste na sua textura e forma.
Em baixo, encontra-se alguns exemplares de produção artistica e arquitetónica no Arquipélago da Madeira. De salientar a funcionalidade das peças e o propósito a que se destinam, que pode ir desde peças destinadas ao culto religioso e devacional, peças de valor utilitário, peças para ornamentação de fachadas dos templos, ou até à decoração dos espaços urbanos e industriais.



Valor intrísico das peças artísticas em suporte de pedra e em argila

A importancia de uma obra de arte é vista em si mesma como um registo global da "alma" de um povo, um símbolo vivo de tradições materiais  que permanece, de geração em geração. Por outro lado, permite termos visuais, que determinada peça é desta região e não de outra. Por exemplo, acontece facilmente quando  olhamos para um postal da Madeira e identificamos logo um determinado monumento como sendo desta ilha,  por possuir especificiades materiais geológicos na sua construção.
Valores que estão subjacentes à representação de uma peça artística:

- Valores inconográficos (a cor, a policromia, a utilização específica de um determinado suporte, neste caso o tufo Lapilli e o traquibasalto, a textura, os pormenores na execução, os atributos, a modelação), no caso do barro, onde as peças de cerâmicas funcionam como registos, frequentemente nas esxcavações encontam se peças de argila com grande valor historico. 

- Significado histórico (há sempre uma história associada à peça, fazendo parte de um determinado periodo, de uma época, de uma conjuntura, de um estilo artístico)

- Herança Cultural (símbolo de uma comunidade, marcas de vivencias passadas, de subjectividades, de trajectorias)

- Uma Identidade e imagem associada

Características da produção artística em suporte em pedra no Arquipélago da Madeira:

Basicamente as grandes manifestações da actividade artística registaram-se inicialmente numa arte erudita destinada para fins religiosos/devocioanais e decorativos e posteriormente e na contemporaneidade registou-se uma diversidade de estilos - arte funcional para uma arte mais abstrata. Assiste-se também durante o século XX escultores madeirenses que estudam no exterior e regressam à ilha e veiculam novos estilos artísitcos identcos aos que vigoram na Europa

São quatro dimensões que a actividade artística em suporte de pedra é destinada : arte devocional/religiosa; arte decorativa; arte funcional, arte abstrata ou ainda, objectos práticos que utilizados no passado, se tornaram simbolos de uma herança cultural e que actualmente estão em exposição, como por exemplo os moinhos de mão.

As peças artísticas em pedra distribuem-se em quatro  grandes áreas de produção: arte sacra, baixo relevo, escultura, arquitectura.





ARTE SACRA

Fig.1 - São Lourenço
Escultura religiosa séc. XVII
Suporte em cantaria "rija" policromada

Tema da peça: São Lourenço. Esta peça escultórica de vulto inteiro em suporte de pedra “rija” constitui uma excelente referencia aos elementos do Barroco, estilo artístico do séc. XVII. A indumentária da figura religiosa segue os cânones representativos da época onde predomina os dourados e os policromados. Destaque para o pormenor do atributo da figura: o livro e o tratamento do rosto revelando a minúcia na execução das formas do artista. Dimensão da peça: 99cm. Data de execução da peça: 1636.
O nicho de arco de volta inteira, onde se encontra peça é também de cantaria “rija. É visível no seu conjunto escultórico um estado de conservação avançado quer ao nível do suporte e s camadas cromáticas. Apesar disso, a peça mantem a traça original e uma beleza invulgar escultórica. Encontra-se exposta na antiga porta principal do palácio S. Lourenço, Largo Restauração, Funchal. São Lourenço é Padroeiro do Bibliotecários e arquivistas.

Fonte: Treuva e Veríssimo, 1996




Fig. 2  - Pia Baptismal
Séc. XVI
Suporte em cantaria "rija"

Peça que se encontra na Igreja matriz da Ribeira Brava. Esta peça escultórica de decoração manuelina com ricos motivos fito e zoomórfica. Exemplar único ao nível da modelação do seu conjunto e ao nível da ornamentação em baixo relevo, revela a qualidade de exucução do artista.
O seu suporte é de traquibasalto proveniente da pedreira da Camara de Lobos. Em 1504 o rei D. Manuel I ofereceu esta peça à igreja.


Fonte: http:/ www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6594



BAIXOS RELEVOS








Fig.3 e 4  - Painel Artes e Ofícios
Séc. XX
Suporte em Cantaria "rija"

 Esta peça artística trata-se de um baixo relevo cujo suporte é de  cantaria “rija”, em exposição   no exterior da Escola Secundária Francisco Franco. É um original de António Aragão. Dimensão da peça: 906 x 238 cm. A peça foi executada pelos canteiros da pedreira da Panasqueira, Camara de Lobos. Constitui um rico cenário de elementos figurativos sobrepostos atribuindo uma determinada dinâmica à representação. O autor possui  ainda uma primazia na execução dos pormenores, estabelecendo do ponto de vista da disposição dos elementos uma geometrização singular e rigor dos contornos.

Fonte: Treuva e Veríssimo, 1996



Fig. 5 e 6 - Painel
Séc. XX
Suporte em Cantaria "rija, Cantaria "mole" e cantaria branco-sujo

Tema da peça: Painel. Dimensões da peça: 335 x 670 cm. Magnifico exemplar e único onde se podem juntar as três rochas mais típicas do Arquipélago na panorâmica artística, como suporte e disposição dos elementos. As diferenciações cromáticas provenientes da rochas provocam variações  coloridas, contrastes e degradés  a toda a composição. As pedras utilizadas são a Cantaria “rija”, cantaria “mole”, e cantaria branco-sujo do Porto Santo. A disposição dos elementos de forma assimétria fornece uma importante dinâmica à obra, oferecendo uma tridimensionalidade a quem a contempla. Autor da peça: Laura de Almeida. Data de execução da peça: anos 60. Local de exposição: Conjunto habitacional, rua Elias Garcia. no Funchal. Foi construído apartir das rochas provenientes das pedreiras do Cabo Girão, Serra d´Água, Palmeira e Câmara de Lobos.

Fonte: Treuva e Veríssimo, 1996


Fig. 7 - Nossa Senhora dos Bons Caminhoa
Séc. XX
Suporte em cantaria "rija"

Tema da peça: Nossa Senhora dos Bons Caminhos. Peça artística de simbologia religiosa. No suporte de pedra “rija” está gravado  uma passagem bíblica:  a fuga de Nossa Senhora com o menino nos braços para o Egipto.
A peça revela uma excelente interpretação escultórica em baixo relevo, com especial atenção para a figura central nela representada, sobressaindo os contornos lineares, a disposição frontal e verticalidade das figuras. Trata-se de uma peça de simples execução porém, de grande valor em termos visuais e de perspicácia geométrica. É de autoria de Amândio de Sousa, datada de 1965 e exposta em Casais d´Além, Camacha.

Fonte: Treuva e Veríssimo, 1996



Santiago Menor

Fig. 8 - São Tiago Menor
Séc. XVI
Suporte em cantaria "rija"

 Título da peça: São Tiago Menor. Trata-se de um baixo relevo em cantaria “rija” representando a figura religiosa de São Tiago Menor, padroeiro do Funchal desde 1521. Iconograficamente a figura apresenta uma indumentária com referência ao seu estatuto como bispo, podendo ser observado um dos   seus atributos: a mitra . O movimento das pregas revela uma técnica apurada na modelação das formas. Pormenor para a zona dos pés, que sobressaem das vestimentas episcopais, com tratamento primaz das formas corporais.  Nesta obra consta uma assinatura e datado: A.DVARTE 1944. Autor da peça: António Duarte, Dimensão da peça: 300 x 165 cm. A obra situa-se nos Paços do Concelho, Funchal.

Fonte: Treuva e Veríssimo, 1996
  





Fig. 9 e 10 - Agricultura / Peixe
Séc. XX
Suporte em Cerâmica polícroma

 Painéis de cerâmica policromada de António Aragão, situados no mercado de Santa Cruz, retratam duas realidades do quotidiano madeirense, um ligado á actividade agrícola e outro ligado à actividade piscatória. As linhas que contornam as figuras são geometrizadas e revelam movimento e agilidade do artista. A coloração é diversa com a predominância para os tons claros ocres e azuis que representam as cores da natureza e transmitem uma  suavidade pictórica ao conjunto. Datam de 1962.

Fonte: Treuva e Veríssimo, 1996

 


ESCULTURA




Fig. 11 - Alegoria
Séc. XX
Suporte em cerâmica pintada e vidrada, suspensa por tubos de aço inoxidável

Conjunto escultórico de peças interligadas, formando um conjunto heterogéneo de grande valor artístico. Formas abstratas de composição geometrizada que se dispõem em fila. Escultura que pretende harmonizar o espaço urbano,  sugerindo esteticamente uma nova forma de conceber os espaços e  o aproveitamento dos mesmos em termos artísticos. Dimensões da obra: 245x610. Autora: Maria Manuela Madureira, datado de 1973. Encontra-se em estado de conservação acentuado.

Fonte: Treuva e Veríssimo, 1996




Fig. 12  - Vendedores
Séc. XX
Suporte em Cerâmica policromada

Conjunto escultórico com grande significado na modelação e expressões faciais. De notar grande perspicácia  e minúcia das rosas executado com qualidade e finura. Autor: António Aragão. Executado pela Fábrica Outeiro, Àgueda, Portugal. Este mercado foi inaugurado em 20 de Julho 1962. Esta peça encontra-se  no Mercado Municipal de Santa cruz.

Fonte: Treuva e Veríssimo, 1996




Fig. 13 - Chafariz - Praça Município
Séc. XX
Suporte em Traquibasalto

Peça escultórica destinada ao espaço urbano. Trata-se de um chafariz,  um projecto da autoria do arquitecto Raul Lino,datado de 1942. Situa-se na praça do Município no centro do Funchal. Em seu redor, existe a CamaraMunicipal do Funchal, o Museu de Arte Sacra e a Igreja dos Jesuitas. Iconografimente o monumento possui uma estrutura circular na base e uma imponente forma colunar disposta  na verticalidade ao cento.

Fonte: Gomes e Silva, 1997




Fig. 14 - Moinho à mão
Séc.  ?
Suporte em cantaria "rija"

O Moinho à mão foi desde muito  cedo de grande utilidade na vida das famílias madeirenses e parte integrante da economia de substencia. Actualmente estes objectos fazem parte da imaginária popular constituindo peças de figuração decorativa, fazendo preservar a herança material dos nossos antepassados.  Eram construídos de cantaria "rija", foram abundantes até ao século XX e predominantemente utilizados nas zonas rurais. È de notar também, grande habilidade dos artesões a  recortarem estas formas com grande precisão.




Fig. 15 - Forno
Séc. XX
Suporte Tufo Lapilli

Fornos de Tufos Lapilli, provnientes da  pedreira do Caniçal, constituiem actualmente um exemplo de aproveitamento dos recursos geológicos para comércio e dinamização da economia local. Estes fornos  são de grande tradição na Madeira e utilizados para  diversos fins (ornamentais ou não)  devido  ao próprio suporte capaz de suportar o calor.  No seu conjunto esta peça trata-se de um forno constuído, por peças individuais e talhado com ferramentas proprias como o picão, o picão de roçar, a escoda, a goiva, o escopro e as cunhas.

Fonte: Gomes e Silva, 1997


ARQUITECTURA RELIGIOSA
 E CIVIL






Fig. 16 - Catedral do Funchal
Século VI (início da construção)
Suporte em Tufo Lapilli (fachada)

Suporte em Tufo Lapilli (fachada)Fig.16 A Sé do Funchal, o maior dos templos da cidade do Funchal e do Arquipélago. A sua riqueza ornamental e talha faz dela uma das mais consagradas do Gótico final e Manuelino.
Particular importância para a sua fachada revestida por cantaria “mole” do Cabo Girão. Em 1493 iniciaram-se os trabalhos de construção, tendo sido concluídos no primeiro quartel do século XVI. A 12 de Junho de 1514, apesar de terem ficado por terminar alguns acabamentos, foi benzida e elevada a Sé Catedral, sendo então instituído o bispado do Funchal pelo Papa Leão X. Foi classificada como Monumento Nacional em 1910. Desde a ourivesaria sacra passando pelas pratas da Confraria do Santíssimo da Sé até à pintura, escultura ou cerâmica, ao entrarmos na Sé do Funchal, estamos perante um conjunto de tesouros escondidos, de beleza ímpar e valor histórico inestimável.


Fonte: http://www.memoriaportuguesa.com/se-do-funchal





Fig.17 - Forte S. Tiago
Séc. XVII
Suporte  em Tufo Lapilli (elementos ornamentais)

 Forte de São Tiago: monumento situado no Funchal, a notar desde logo o pormenor para a utilização de tufo lapilli na muralha, originário da pedreira do Cabo Girão.
Arquitetura militar estilo maneirista edificada no século XVII, em forma de estrela irregular com guaritas cilíndricas e três andares. Actualmente alberga o Museu de Arte Contemporânea.

Fonte: http://www.fotodependente.com/img14198.htm
http://web.icicom.up.pt/madeira_island_/2009/10/forte_de_sao_tiago_funchal_pat.html




Fig. 18 - Igreja  Matriz de Santa Cruz
Séc. XV
Suporte Tufo Lapilli (elementos ornamentais)
Igreja Matriz de Santa Cruz  uma construção quinhentista, pormenor para a torre, com aplicação  de tufos Lapilli provenientes do concelho de Machico Arquitectura religiosa, gótica e manuelina. Igreja influenciada por programa gótico mendicante, de planta longitudinal e 3 naves de altimetria escalonada, separadas por arcos quebrados sobre pilares facetados, provida de clerestório, com cobertura de madeira A sua riqueza interior quer em pintura e talha faz desta Igreja uma das mais bonitas da Madeira

Fonte: Gomes e Silva, 1997
            http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4152




Fig. 19 - Igreja do Monte
Séc. XVIII
Suporte Traquibasalto (escadaria e fachada)

Arquitectura religiosa, barroca. Igreja barroca de planta longitudinal composta e nave única, fachada principal em contracurva.  Escadaria e fachada  da Igreja são construídas  em cantaria "rija" .Destaca-se perfeitamente em toda a paisagem do amplo vale do Funchal e possui o orago da Padroeira da Madeira, pelo que se torna palco do mais importante arraial insular, celebrado a 15 de Agosto. Nesta igreja encontra-se sepultado o último imperador da Áustria, Carlos de Habsburgo, pelo qual corre processo de canonização em Roma.

Fonte: http://olhares.sapo.pt/igreja-do-monte-madeira-foto958126.htm
            http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=8071
            Gomes e Silva, 1997



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Fig. 20 - Fortaleza do Pico
Séc. XVII (data da conclusão)
Suporte em Traquibasalto

 Esta edificação situa-se na cidade do Funchal e por várias vezes o seu nome foi alterado, porém em definitivo ficou com o nome de Fortaleza de São João Baptista. Não se sabe ao certo a data da construção desta edificação, mas estima-se que foi concluída na metade do século XVII, servia na altura de armazém de pólvora que era destinada todos os fortes da ilha. A fortificação da obra foi construída utilizando-se a cantaria "rija" proveniente da pedreira da Palmeira de Camara de Lobos. O edifício encontra-se a 111,5 metros acima do nível do mar e possui uma das mais belas vistas sobre a cidade do Funchal. Em 1943, foi declarada monumento de interesse público. 

Fonte:http://www1.cmfunchal.pt/index.phpoption=com_content&view=article&id=131%   3Afortaleza-de-sao-joao-baptista&catid=85&Itemid=231




Tribunal da Ponta de Sol
Séc. XX
Suporte em Tufo Lapilli (elementos ornamentais)

Enquadrado num estilo arquitectonico contemporaneo inovador, o Tribunal da Ponta de Sol é de autoria de Agostinho Xavier de Andrade, construído em 1995 e cuja aplicação ornamental  é de Tufo Lapilli proveniente de pedreiras do  Curral da Freiras.

Fonte: http://olhares.sapo.pt/tribunal-da-ponta-do-sol-madeira-foto2738961.html
            Gomes e Silva, 1997



Bibliografia citada:


GOMES, Celso de Sousa Figueiredo, e SILVA, João Baptista Pereira (1997). Pedra Natural do Arquipélago da Madeira, Importância Social, Cultural e Económica. Madeira Rochas - Divulgações Científicas e Culturais. Câmara de Lobos.

TRUEVA, José Sainz-Trueva e VERÍSSIMO, Nelson (1996), Escultura da Região Autónoma da Madeira. Inventário, Secretaria Regional do Turismo e Cultura, Direcção Regional dos Assusntos Culturais, Direcção de Serviço do Património e Actividades Culturais, Funchal.
Sites utilizados:

Sites consultados:

http://olhares.sapo.pt/tribunal-da-ponta-do-sol-madeira-foto2738961.html
            Gomes e Silva, 1997
http://www1.cmfunchal.pt/index.phpoption=com_content&view=article&id=131%   3Afortaleza-de-sao-joao-baptista&catid=85&Itemid=231
http://olhares.sapo.pt/igreja-do-monte-madeira-foto958126.htm
 http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=8071
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4152
http://www.memoriaportuguesa.com/se-do-funchal)
http:/ www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6594

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